quinta-feira, 12 de junho de 2008

Mensagem sobre a escolha da Educação Moral e Religiosa Católica

A altura das matrículas na Escola Pública é também uma ocasião de optar pela Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) que tem em vista o desenvolvimento integral dos educandos, prestando atenção a todas as dimensões da pessoa humana: intelectual, social, moral e espiritual. Todos desejamos, sobretudo os pais e educadores, que a escola não apenas transmita conhecimentos mas forme as pessoas com critérios, através da aprendizagem de valores morais e da relação humana alicerçada no respeito, no diálogo e na fraternidade.
A EMRC tem em vista esse objectivo, orientando na reflexão sobre o sentido da vida, promovendo o discernimento para uma lúcida compreensão dos acontecimentos, contribuindo para uma assimilação de valores e para a aquisição de referências que permitam definir um rumo para a existência pessoal.No ambiente de pluralismo sem fronteiras que hoje respiramos, a EMRC é ainda mais necessária para que cada um se saiba orientar por valores sólidos sem se perder na confusão de ideologias e caminhos que são propostos. De facto, o são pluralismo ideológico, ético e religioso, por um lado, manifesta a riqueza de pontos de vista, promove o diálogo, a tolerância e o respeito por opiniões diferentes e, através do confronto de ideias, conduz ao crescimento e ao aperfeiçoamento da própria identidade. Mal entendido, porém, conduz ao relativismo e ao vazio. Se todas as formas de vida e comportamentos são considerados como iguais, cada um adopta a moral que lhe convém ou, simplesmente, não segue nenhuma e vive à deriva.
Quando o ambiente é de relativismo, certos grupos minoritários tentam impor as suas propostas de vida que contradizem e desmoronam os valores sólidos em que está alicerçada a nossa civilização: a dignidade da pessoa humana, o carácter sagrado da vida, o papel nuclear da família, a convivência pacífica das pessoas, a relação humana fundamentada na justiça, no amor, no diálogo e no respeito mútuo. Neste cenário confuso é necessário abrir janelas que deixem entrar a luz, amadurecer critérios que permitam discernir a verdade e a bondade, amadurecer convicções que se traduzam num comportamento moral digno. Essa é a tarefa da EMRC.São os pais que devem decidir a orientação da educação dos filhos. Ou são os próprios candidatos, quando maiores de dezasseis anos, quem deve escolher. A leccionação efectiva de EMRC depende da vontade expressa dos pais ou dos candidatos. Apesar de alguma indefinição da actual legislação, e até da má vontade de algumas correntes ideológicas, presentes também no ensino, a verdade é que por lei a disciplina de EMRC é de oferta obrigatória por parte das escolas, quando escolhida pelos pais ou pelos alunos, sendo esta escolha facultativa. Recomendo, pois aos pais, educadores e aos próprios alunos interessados que estejam atentos às matrículas e decidam pela frequência da EMRC.

Diploma alunos emrc - 10º ano


Depois de algum tempo tu aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida. E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para planos, e o futuro tem o costume de cair em vão.
E aceitas que não importa o quanto uma pessoa é boa, ela vai ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso. Descobres que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás pelo resto da vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam. Percebes que tu e o teu melhor amigo podem fazer qualquer coisa, ou nada, mas que terão bons momentos juntos. Descobres que as pessoas que mais amas na vida, depressa as perdes, por isso sempre que te separes delas, deves despedir-te com palavras amorosas, pode ser última vez que as vejas. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que se pode ser. Descobres que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. Aprendes que não importa onde chegaste, mas para onde vais.
Aprendes que, ou controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade. Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentar as consequências. Descobres que só porque alguém não te ama como tu queres, isso não significa que esse alguém não te ama com todas as forças, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. (William Sheaskespear)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Diploma de Área de Projecto DJ


As ferramentas escolheram uma carpintaria para fazer a sua reunião de Equipa. A verdade é que era ali que todos moravam e exerciam o seu ofício: o martelo, o parafuso, o serrote, a plaina, o esquadro e até alguns membros controversos, como eram a lixa e o metro. Era uma reunião importante, pois tratava-se de fazer uma sessão de discernimento de grupo para escolher o Responsável das ferramentas. Ora logo que a discussão se abriu, aconteceu que o martelo se propôs como a ferramenta mais indicada para conduzir toda a Equipa: era forte, autoritário, bom para pôr os outros no seu lugar, que era bem disso que a Equipa precisava. Mas isso foi tempo, quem é que hoje está disposto a aceitar um superior com este perfil? Um martelo que fazia um barulho ensurdecedor, que só estava bem a bater a torto e a direito, não, não podia ser, o tempo do Inquisição já passou.


O martelo baixou o cabo e concordou que hoje os tempos são outros e que talvez não fosse a ferramenta mais indicada para estar à frente da Equipa. E, apesar de estar convencido que era disso que a Equipa precisava, desistia de ser ele o sacrificado, mas exigia que não fosse o parafuso, pois este andava sempre às voltas, nunca ia direito ao assunto e assim nunca se sabia de que lado é ele estava.
Também o parafuso aceitou as reservas do martelo, mas por amor de Deus que não colocassem à frente do grupo o serrote, pois o serrote corta a direito, sem discernir o que é mau e o que ainda se pode aproveitar e muitos valores se perdem na Equipa das ferramentas por não haver Responsável que os saiba aproveitar e valorizar.


Mas também o serrote se opunha redondamente à plaina que só toca nos problemas por fora, alisa mas, ao fim e ao cabo, deixa as coisas como estão, não vai à raiz dos problemas; com uma plaina é uma monotonia de Equipa cinzenta que ninguém se impõe em nada. Muito bem: restava a lixa. Mas não, a lixa nem pensar, é áspera, raspa sem dó nem piedade, faz as feridas sangrarem ainda mais, seria um carrasco para toda a Equipa. Foi então que todos se voltaram para o metro. Mas aquele fuinhas de metro que mais parecia um pau de virar tripas que uma ferramenta de respeito, sempre esticado e convencido, com a mania de medir os outros por ele, como se ele fosse perfeito, quem é que o queria para Responsável?
Estava a discussão neste ponto, quando entrou o carpinteiro e começou o seu trabalho, ignorando toda esta briga. Pegou numas tábuas toscas, mediu-as com o metro, lixou-as com a lixa, aplainou-as com a plaina evidentemente, serrou-as com o serrote, pregou os parafusos com o martelo e daquelas tábuas toscas saiu uma bela peça de mobiliário. Quando a carpintaria ficou vazia, iam as ferramentas recomeçar com a discussão que o carpinteiro tinha interrompido, quando o esquadro, pendurado na parede, tomou a palavra e disse:
- Senhores, ficou demonstrado que cada um de nós tem defeitos mas o carpinteiro trabalha com as nossas qualidades.


E as ferramentas perceberam, então, que o martelo dava força e solidez às mobílias, o parafuso unia, o serrote cortava onde era preciso, a plaina alisava as dificuldades, a lixa limava as arestas, o metro regulava as medidas. E sentiram como já há muito não sentiam, a alegria de trabalhar juntos.Feliz o Equipa que sabe aproveitar e trabalhar com as ferramentas que tem.